É obrigação do tutor proteger anualmente cães e gatos; doença é mortal para animais e humanos
A Raiva (Rábica) é uma doença grave transmitida para as pessoas principalmente pela saliva de mamíferos infectados. Não há tratamento específico; depois que os sintomas aparecem, é quase sempre fatal. Mas a vacina antirrábica pode prevenir a infecção e quebrar a cadeia de transmissão.
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No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra todos os anos pelo menos dez casos de raiva em humanos desde a década de 1990. As regiões Nordeste e Norte apresentam maior incidência e apenas a região Sul não teve nenhum caso no período.
Gatos e cães são os principais transmissores. Os dados mais recentes revelam que em 2019 foram registrados 23 casos de raiva canina e felina.
Em muitos municípios do Brasil, a determinação para que seja aplicada dose de reforço anualmente é imposta por lei. Mas os profissionais de saúde ressaltam que essa prática deve ser adotada por todos os tutores, independente das condições e do ambiente em que o animal de estimação seja criado:
“Converse com seu médico veterinário, veja com ele o protocolo vacinal do seu animal e sempre deixe ele com as imunizações atualizadas. […] O gato, independente se ele mora em apartamento, se é local alto, telado… a gente tem que estar com a imunização atualizada”, completa a médica veterinária Fabiane Sabino, especialista NUXCELL em saúde animal.
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Infecção em animais domésticos
Os animais domésticos podem ser infectados principalmente ao caçar/brincar com morcegos, que são os principais vetores do vírus.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, salivação excessiva, espasmos musculares, paralisia e confusão mental.
Quem for mordido ou arranhado por animais cujo histórico de vacinação não seja conhecido, precisa procurar o quanto antes uma unidade de saúde para também ser vacinado e receber tratamento segundo protocolo do Ministério da Saúde.
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:
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Lavar imediatamente e copiosamente o ferimento com água e sabão;
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Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo para avaliação e prescrição de profilaxia antirrábica humana adequada;
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Nunca agrida o animal. O correto é deixa-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva e procurar ajuda de um veterinário;
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O animal deverá receber água e alimentação normalmente, permanecer em num local seguro e adequado, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
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Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde;
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Nunca interromper a profilaxia antirrábica humana sem ordens médicas;
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Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o agrida, não o maltrate e procure o Serviço de Saúde.