A chamada Heterocromia ocular é uma condição que afeta os cães, mas que também se manifesta em outros animais, inclusive em nós, seres humanos.
O termo deriva das palavras gregas antigas “heteros”, que significa desigual, não semelhante e que é diverso, e “cromas”, que se traduz em cores. A heterocromia é simplesmente um excedente ou uma falta de melanina em uma ou mais áreas do corpo.
A Heterocromia pode ser definida como uma falha genética, nada mais é do que uma diferença na pigmentação dos olhos. Ela raramente é acompanhada de alguma complicação e não se trata de uma doença de visão.
A quantidade e o tipo de melanina no olho determinam a cor da íris. Em cães com olhos de cores diferentes, é mais frequentemente causado por uma diferença na quantidade de melanina entre os olhos. Se houver muita melanina, ela é chamada hipercromia e, se houver pouca melanina, é chamada hipocromia.
Além disso, a heterocromia em cachorro pode acontecer a qualquer momento após o nascimento e geralmente é associada a traumas ou inflamação no olho. Essa condição geralmente não é ligada a outros sinais clínicos, mas alguns cães podem ter visão anormal ou podem ser surdos.
Qualquer raça de cachorro com heterocromia é possível, mas em algumas é mais comum. A condição completa pode ser vista com mais frequência em raças como Boiadeiro-Australiano, Dálmata e Pastor-Australiano.
Também é frequentemente vista em: Border Collie, Chihuahua, Cão leopardo de Catahoula, Husky, Beagle e Welsh Corgi. No caso do Husky siberiano com heterocromia, a condição é particularmente comum e há uma sugestão de que ela esteja ligada a problemas de visão, porque cerca de 8 a 10% dos pets da raça também têm doenças oculares hereditárias.
São três tipos principais:
- Heterocromia completa: cada olho possui uma cor de forma completa.
- Heterocromia parcial: o mesmo olho tem mais de uma cor.
- Heterocromia central: o centro do olho possui uma cor diferente do restante da íris.
Texto: Caroline Bierbaumer