Saúde e bem estar animal

Clonagem de animais é realidade em três países

Clonagem de animais é realidade em três países

Para quem pode pagar até R$ 230 mil, técnica já está acessível

Desde que a ovelha Dolly foi apresentada como primeiro animal clonado da história, em 1997, a “cópia” de animais se tornou um lucrativo mercado. No Brasil, um projeto de lei de 2013 que discute a clonagem de animais domésticos tramita no Senado.

Enquanto isso, desde 2006, a clonagem de animais domésticos já é realidade…

Cachorros geneticamente idênticos devido à clonagem (Foto: Instagram/ @wander_with_willow/ Reprodução)
Híbridos de logo e cão clonados nos EUA são geneticamente idênticos (Foto: Instagram)

Para quem pode e está disposto a desembolsar alguns milhares de dólares…

Uma empresa sediada no estado do Texas (EUA) revelou à BBC que já reproduziu algumas centenas de animais desde 2015. 

Tutores de cães precisam desembolsar US$ 50 mil, cerca de R$ 230 mil. Para clonar um gato valor é mais “barato”: US$ 30 mil, aproximadamente R$ 140 mil.

Um dos procedimentos mais caros é a clonagem de cavalos, que não sai por menos de US$ 80 mil, em torno de R$ 370 mil.

Pode ser uma imagem de cão, natureza, neve e árvore

Além dos Estados Unidos, a Coreia do Sul e a China também oferecem esse polêmico serviço…

Aliás, os sul-coreanos lideram o desenvolvimento da tecnologia de clonagem de animais domésticos no mundo. Estão nesse mercado desde 2006.

Na China, o primeiro cão clonado nasceu em 2017, já o primeiro gato a passar pelo procedimento nasceu em 2019.

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Courtney Udvar-Hazy com dois dos clones de uma fêmea híbrida de lobo e cachorro

O caso mais conhecido de clonagem de pets é o de Courtney Udvar-Hazy…

A influenciadora clonou uma fêmea híbrida de cão e lobo, chamada Willow, depois que a “matriz” morreu atropelada.

A empresa chegou a produzir cinco outros filhotes geneticamente idênticos a Willow, mas Courtney ficou apenas com um, que batizou de Phoenix. Os outros ficaram com alguns amigos da influencer.

Foto: Instagram / @wander_with_willow
Foto: Instagram / @wander_with_willow

A criadora de conteúdo revelou que a prática não foi bem aceita por todos:

“Recebo muita mensagem ruim sobre clonagem. As pessoas dizem que eu tenho cachorros zumbis, ou me chamam de garota rica e louca. Foi doloroso para mim, no começo”, declarou ao portal Input.

Melain Rodriguez, gerente de atendimento ao cliente da ViaGen, explica que o processo é muito semelhante à fertilização in vitro.

“Os óvulos e os embriões são criados em placas de petri e depois são transferidos para uma ‘mãe de aluguel’”, afirma. “É difícil perder um animal de estimação que se ama muito, e muitos de nossos clientes estão nessa situação”, explica.

Riscos e oportunidades

Essa mesma técnica pode ser aliada para aumentar a população de animais em extinção, como os pandas. Contudo, a falta de variedade genética pode ser um problema.

Os donos de animais clonados podem se decepcionar ao ver os clones de seus bichinhos, já que não há garantia de que eles serão idênticos aos falecidos. Os laboratórios conseguem garantir que sejam do mesmo sexo e raça.

O comportamento do animal clonado também pode ser completamente diferente do pet original.

Outro ponto que pode se tornar objeto de discussão é a qualidade de vida das fêmeas usadas para gestarem os clones.

Elas recebem injeções hormonais que incentivam a gestação, mas nada garante que não tenham problemas e sofram abortos, o que gera muito desgaste durante o processo.