Março é o mês da prevenção à doença renal em pets

Março é o mês da prevenção à doença renal em pets

‘Março Amarelo’ conscientiza sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento

A doença renal crônica (DRC) compromete de forma progressiva os rins, órgãos que filtram resíduos e excesso de líquido no sangue. Comum em cães e gatos, principalmente os mais velhos, é irreversível, ou seja, sem cura.

Mas há tratamento e acompanhamento. Durante este mês de março, os profissionais de Medicina Veterinária em todo o Brasil reforçam os cuidados necessários para prevenir e identificar a doença.

“Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhor será o tempo de sobrevida, com qualidade de vida deste animal.”- comenta a médica veterinária Laura Rocco.

Ela reforça que o diagnóstico precoce assegura melhor qualidade de vida ao paciente. Mas depende de avaliações clínicas e laboratoriais de forma periódica.

Aumento da ingestão de água é um dos sinais mais frequentes

O que é a DRC?

  • Incurável: é caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de lesões irreversíveis nos rins;
  • Mais comum em gatos: diagnosticada de duas a três vezes com mais frequênciado que em cães.
  • Acomete cerca de 49% dos gatos com mais de 14 anos.
  • Segunda maior causa de óbito em pacientes felinos geriátricos.
Campanha Março Amarelo alerta sobre doença renal

Quais são os sinais clínicos da Doença Renal Crônica (DRC) ?

É importante saber que os sinais podem variar bastante.

“Em estágios iniciais, as alterações são muito sutis e podem passar desapercebidas pelos tutores”, acrescenta Laura.

Primeiros sinais da doença são sutis e podem não ser interpretados de forma correta pelo tutor

Conforme a doença vai progredindo, os sinais clínicos se tornam mais evidentes. No entato, alguns deles também são considerados sintomas para outras patologias.

  • Aumento na ingestão de água;
  • Aumento no volume de urina e alteração na sua coloração;
  • Redução de apetite;
  • Perda de peso;
  • Vômitos;
  • Pelame opaco;
  • Cansaço e fraqueza;
  • Hálito forte.

É sempre muito importante observar nossos peludinhos, pois as mudanças de rotina e de comportamento podem indicar o surgimento de doenças, entre elas a renal crônica. Tão importante quanto manter uma boa observação é manter os exames dos animais em dia”, reforça Laura.

 

Avanço da doença leva a perda de peso, cansaço e fraqueza, entre outros sintomas

Exames realizados para diagnóstico da DRC:

  • ureia,
  • creatinina,
  • SDMA,
  • Ultrassom
  • Urina I e Relação proteína e creatinina urinária.

Procedimento 

📍Para os pacientes com doença renal crônica confirmada, além dos exames citados anteriormente, o médico veterinário deve solicitar ainda: hemograma, hemogasometria, aferição de pressão arterial e dosagem sérica de fósforo;

📍Para confirmar se o paciente é realmente crônico, é preciso realizar de 2 a 3 mensurações intervaladas de creatinina – SEMPRE com paciente hidratado e em jejum alimentar de 12 horas.

Prevenção

Algumas medidas que contribuem muito para prevenir a doença renal crônica adquirida, também são eficazes no controle da progressão da DRC adquirida ou congênita (quando o animal já nasce com uma alteração renal ).

✳️ A prevenção deve ser iniciada desde cedo, quando o pet ainda é filhotinho. Você deve saber da importância de manter:

📍 Hidratação
Evitar que o animalzinho desidrate, é uma medida essencial. A água limpa e fresca, deve estar disponível o tempo todo;

📍 Dieta de qualidade
Além de uma alimentação adequada é importante manter práticas regulares de exercícios físicos, evitar obesidade e sobrepeso. Os cuidados com a saúde oral também são medidas que reduzem a incidência de todas as doenças crônico degenerativas, incluindo a renal;

📍 Controle parasitário
Prevenir infestação de pulgas e carrapatos, ajuda a evitar doenças que podem causar mais danos aos rins;

📍 Vacinação em dia
Mantenha em dia a carteira de vacinação contra doenças infectocontagiosas – algumas também causam alteração renal;

📍 Monitoramento constante
Evite medicamentos nefrotóxicos, ingestão de alimentos que podem levar a lesão renal, como uva em cães e lírio em gatos;

📍 Acompanhamento profissional
Não esqueça da visita de rotina ao médico veterinário para avaliacr exames com regularidade e detectar alterações precoces.